Gamesmania: E quanto aos clipes? Quantos serão?

Bill: Teremos entre 20 e 25min de clipes animados. Antes de cada fase, há um filme que recapitula o que passou e antecipa um pouco do que vai rolar. Cada um deles tem cerca de cinco minutos. Há a introdução, um entre cada episódio e o clipe que encerra o jogo, ou seja, cinco clipes no total.

Além disso, queremos que, ao zerar o jogo, você tenha a opção de assistir ao vídeo por inteiro. Os clipes são unidos e, juntamente com outros pequenos segmentos, contam a história do jogo numa seqüência de uns 25 min.

Gamesmania: Há dezenas de previews de Diablo II por aí, mas tem alguma coisa que vocês realmente querem passar para os gamesmaníacos?

Bill: É claro que nossos esforços têm sido em ampliar os cenários e acrescentar mais elementos ao roteiro e às partidas multiplayer. Além disso, são óbvios os avanços gráficos, devido ao suporte para placas 3D. Mas gostaria de afirmar que não nos esquecemos de que um jogo tem que ser, fundamentalmente, divertido. Temos muita atenção com isso.

Nós temos jogado Diablo II aqui no escritório, e já ficamos brincando muito mais tempo do que é necessário para testar algum recurso. Todos já se apegaram aos seus personagens e, se acontece algum problema durante o teste e temos que apagar um personagem, é briga na certa. Isso não ocorre devido ao problema, mas sim porque o personagem será deletado. Ou seja, o vício já se instalou aqui.




Acredito firmemente que, no meio de tantos avanços tecnológicos na indústria de games, uma coisa que nunca podemos deixar de lado é o fator diversão. Quando você joga Diablo II, no meio de todas as coisas maneiríssimas que estamos fazendo por aqui, o importante é que o jogo é divertido. É um termo um pouco nebuloso, todo mundo sabe o que é divertido. Mas acho que às vezes esse conceito se perde no meio de tantos recursos tecnológicos. Estamos de olho para que isso não aconteça em Diablo II.

Gamesmania: Dá para considerar a possibilidade de, futuramente, montar algo no estilo de Asheron's Call e Ultima Online, ou seja, um mundo online de Diablo II permanente?

Bill: Obviamente esse seria um projeto inteiramente distinto, pois é muito diferente do que estamos fazendo em Diablo II. A maior parte do pessoal aqui do escritório é fã do RPG Everquest. Já há muito tempo achamos que um mundo online permanente seria a coisa mais desafiante e ao mesmo tempo gratificante que poderíamos criar. Mas é algo que dá muito trabalho. Precisaríamos de uma equipe para controlar e manter o mundo.

É claro que é impossível fazer algo do gênero com essa versão de Diablo II. No futuro, quem sabe? Acho que, por enquanto, toda nossa preocupação é deixar Diablo II pronto para o lançamento no Natal.

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